Quem passar pelas pistas da Avenida do Tiquatira, principalmente ao entardecer e durante toda a noite, vai ouvir um som muito forte, assemelhando-se à uma serra ligada, cortando lata.
O fenômeno acontece em todo o bairro da Penha, onde hajam árvores.
São as Cigarras, insetos inofensivos, mas barulhentos, entoando seus cantos de acasalamento. São os machos que cantam para atrair as fêmeas, que se aproximam e não cantam, apenas batem as assas, produzindo um som bem fraco, só ouvido de muito perto, parecido com barulho das moscas.
Esse inseto tem mais de mil variedades, mas as maiores, essas que têm aparecido na Penha, chegam a medir de 5 a 7 cm de comprimento, do tamanho de uma caixa de fósforos. Seu aspecto é asqueroso, “zoiúda”, com patas semelhantes às baratas, mas mais altas, serrilhadas, para poderem se agarras às árvores.
A boca não tem mandíbulas, apernas uns canudos sugadores que lhes permitem chupar a seiva dos galhos, nos quais depositam seus ovos. Quando estes eclodem, após umas 6 semanas, o filhote voa e cai ao chão, onde se enterra e pode passar ali de 2 a 5 anos, sugando a seiva das raízes.
Já adultos, saem para reproduzir, cumprindo o ritual de cantar “desesperadamente”para atrair as fêmeas.
Isso se dá na temperatura quente, início da Primavera. Cigarras existem em toda a parte do mundo. Não picam, não têm ferrão, mas são repugnantes pela baba que soltam e por suas patas agarrarem e irritarem a pele das pessoas. Essas da Penha são da espécie Tettigarcta.
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