24/06/2023 às 12h43min - Atualizada em 24/06/2023 às 12h43min

São Paulo inova na política de acolhimento com as Vilas Reencontro

Programa da Prefeitura de São Paulo oferece moradia transitória a famílias em situação de vulnerabilidade

Quando a primeira Vila Reencontro foi inaugurada, na véspera do Natal do ano passado, a Prefeitura de São Paulo colocou em prática uma política inovadora de acolhimento a pessoas em situação de rua para fazer frente aos impactos da crise econômica na vida das famílias. Veja os relatos de famílias que hoje vivem um recomeço no site programareencontro.prefeitura.sp.gov.br 

A iniciativa é inspirada no modelo Housing First (Moradia Primeiro), adotado em países como Canadá, Finlândia e Estados Unidos, e tem como ponto de partida a moradia transitória para quem vive em situação de vulnerabilidade. 

Atualmente, a cidade conta com duas Vilas Reencontro, a Cruzeiro do Sul, na zona norte, inaugurada em dezembro de 2022, e a Anhangabaú, no centro da cidade, entregue em fevereiro deste ano.  
Juntas, elas possuem capacidade para acolher até 360 pessoas. Cada vila conta com 40 casas modulares de 18 m², equipadas com fogão, geladeira e ventilador de teto, além da mobília montada de acordo com a configuração de cada família.  

Ao redor das casas, há playground, horta comunitária, cozinha equipada e lavanderia. Para implantar as duas vilas foram investidos pouco mais de R$ 6 milhões. Nesses espaços, são servidas 840 refeições (café da manhã, almoço, café da tarde e jantar) por dia.  

  Avanços  -  A pioneira das vilas, a Cruzeiro do Sul, completa seis meses de funcionamento neste mês de junho. Nesse período, houve avanços consideráveis na vida dos moradores. Nove famílias conseguiram emprego com carteira assinada, sendo que quatro delas estão sendo preparadas para saída qualificada, ou seja, para conquistarem a autonomia, por meio de suas próprias rendas. A outra vila, a Anhangabaú, não fica atrás: já são seis famílias trabalhando, sendo cinco delas no regime CLT, e a outra, como PJ (Pessoa Jurídica).  

Os relatos de quem agora tem uma moradia digna são emocionantes. O caso de Viviane Aparecida Germano, que está na Vila Reencontro Anhangabaú, é um bom exemplo. Ela e os filhos moravam em uma comunidade na região central e, com ajuda dos assistentes sociais, conseguiram vaga em uma das casas modulares. Viviane hoje integra o Programa Operação Trabalho.  

“Eu não sabia que era mobiliada. Foi uma grande surpresa. Só vim com a roupa do corpo e a televisão. É tudo de bom. Um chuveirinho para tomar banho e dar banho nas crianças, um ventilador. Eu não tinha nada disso. Serviço, moradia, tudo de bom. Eu não tinha nem uma coisa nem outra. Agora tenho”, disse.  

Os acolhidos na Vila Reencontro são estimulados a participar de coletivos de limpeza, alimentação, cultura e lazer, horta e cogestão. Além disso, a rotina nas vilas conta com palestras, oficinas, atividades esportivas e de recreação, ioga, entre outras.  

Em julho, a Prefeitura de São Paulo entrega outras duas novas vilas, uma no Pari (região central) e outra em Santo Amaro (zona sul). Serão 170 novas unidades modulares com capacidade para abrigar 680 pessoas.

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